Instituto discute a importância da visibilidade lésbica

O dia 29 de agosto é uma data que marca a luta das mulheres lésbicas para ocuparem seus espaços no mundo e ter direitos garantidos por lei, direitos esses muitas vezes desrespeitados na rua.

29.08.23

O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, 29 de agosto, é uma data que marca a luta das mulheres lésbicas para ocuparem seus espaços no mundo e ter direitos garantidos por lei, direitos esses muitas vezes desrespeitados na rua, tais como: dignidade, igualdade e respeito. 

O dia foi escolhido devido à realização do SENALE, 1º Seminário Nacional de Lésbicas, nesse mesmo dia, no ano de 1996, pelo COLERJ, Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro. Na época, foi uma forma de reunir mulheres para discutir sobre visibilidade, saúde e organização. 

A ação se transformou num marco para o avanço nos direitos de mulheres lésbicas e ficou definido como O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica no país. O Instituto Brasileiro de Lésbicas é uma instituição constituída por lésbicas e, em sua maioria, lésbicas negras. 

Fé e trabalho para ampliar a visibilidade lésbica

Diretora geral e uma das fundadoras do Instituto Brasileiro de Lésbicas, a assistente social Michele Seixas, é moradora do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro, e Ekedi de religião de matriz africana. 

Michele Seixas também é especialista em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade – DIHS/ENSP/FIOCRUZ, pesquisadora em saúde pública e membra da Comissão de Gênero, Etnia e Diversidade Sexual – GEDS/CRESS RJ, participa da Coordenação Política Nacional da Articulação Brasileira de Lésbicas – ABL, Diretora Executiva do Grupo de Mulheres Felipa de Sousa, Diretora Executiva da Rede Ablan – Rede de Afeto para Mães e Responsáveis de PCDs, Conselheira Nacional de Saúde – CNS (segmento usuárias) e outros.

Ela diz que a instituição segue as orientações da ancestralidade e é regida pela a orixá Oxum, divindade cultuada dentro das religiões de matriz africana. Além disso, conta que a instituição está sempre em consonância com o Movimento de Lésbicas no Brasil e construindo com outros grupos, coletivos, redes e instituições que tenham os mesmos princípios éticos e políticos. 

Contratempos e conquistas

O Instituto Brasileiro de Lésbicas atua a nível regional e local, dentro do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, com os objetivos de fortalecer o Movimento de Lésbicas no Brasil, mobilizar o Movimento de Lésbicas para pautas específicas, participar da construção de políticas pública e de conselhos de direito, executar projetos sociais voltados para o público alvo e incentivar a criação de grupos de lésbicas. 

As principais atividades do instituto são: o Viradão Sapatão, Favela Viva e Encontro Estadual de Lésbicas do Rio de Janeiro – ENLES/RJ. O maior impacto é no número de mulheres lésbicas formadas para construir junto ao movimento.

Perguntada sobre as mudanças ocorridas nos últimos tempos, como por exemplo, a forma como as lésbicas são vistas pela sociedade num todo Michele responde:

“Não vemos mudanças muito favoráveis para nós mulheres lésbicas, uma vez que os índices de violência vêm aumentando e as mortes por lesbocídio, são cada dia mais hediondas e também o movimento de lésbicas ainda segue como uma das letrinhas, da sigla, que menos recebe atenção em termos de Políticas Públicas, verbas ou financiamentos para realizações de ações necessárias para o coletivo”. 

Entre em contato com o Instituto para saber como ajudar

(21) 98004-3083 – Michele Seixas, Diretora Geral

(21) 99748-0461 – Márcia Brito, Diretora Executiva

Ou pelo e-mail: institutobrasileirodelesbicas@gmail.com

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Lugares amigáveis para pessoas LGBTQIA+  no Rio de Janeiro, São Paulo, só para meninas; Porto Alegre e  Bahia.

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Neuza Nascimento
Após ser empregada doméstica por mais de 40 anos, Neuza fundou e dirigiu a ONG CIACAC durante 15 anos. Hoje é estudante de Jornalismo e trabalha com escrita criativa, pesquisa de campo e transcrições. No Lupa do Bem, é responsável por trazer reflexões e histórias de organizações de diferentes partes do Brasil para a "Coluna da Neuza".
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