Projeto Rio Branco traz o esporte como canal de mudança na vida de crianças e adolescentes

Escolinha de futebol do Projeto Rio Branco está em ação na zona norte do Rio de Janeiro há mais de 20 anos

27.06.23

O Projeto Rio Branco é uma ação da Comunidade Palmeirinha em Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro, que busca proporcionar mudanças na vida de crianças e adolescentes por meio do esporte, mais precisamente, de uma escolinha de futebol.  A iniciativa nasceu como um time de futebol amador, o Rio Branco FC, para se transformar, posteriormente, em um projeto social com o intuito de ocupar o tempo ocioso das crianças que ficavam andando à toa pelas ruas da comunidade. O Projeto Rio Branco foi fundado em 1992 por Robson Marinho dos Santos, Antônio Márcio, Anderson, Cristiano, Buru e Israel (in Memorian). 

Atualmente, o grupo trabalha com uma faixa etária de alunos de 6 a 17 anos, e de 20 a 30 anos. As turmas são mistas e as aulas acontecem de segunda a sexta-feira. Segunda e quarta para os menores, no contra turno escolar; terça, quinta e sexta, com os maiores, durando duas horas cada aula. O projeto exige que as crianças estejam matriculadas na escola. 

Robson, um dos administradores, fala sobre o projeto

“Criamos o Rio Branco com o objetivo de preencher um espaço vazio dentro da comunidade, já que não existia nenhuma atividade extraescolar na localidade. Isso para não perdermos ainda mais as nossas crianças e jovens para a criminalidade, proporcionando atividades que ocupem a mente deles para que não se se deixem levar pelo desejo de se tornarem soldados do crime ou um gerente e querer fazer carreira no comércio de drogas local, que é muito fácil entrar, mas difícil de sair com vida. Nós vimos muitos garotos com talento para o futebol e outras profissões tomarem esse caminho e morrerem muito cedo”, diz Robson. 

Impactos já causados a partir das atividades

“Nosso sonho é transformar esses meninos e meninas em jogadores profissionais e, apesar do contexto de precariedade em que o projeto está inserido, já conseguimos colocar cinco garotos na Escolinha do Vasco. Mas o importante é dar alternativas e possibilidades para que que tenham um futuro digno. Temos rapazes que passaram por aqui e hoje são chefes de família, alguns se tornaram profissionais da área de beleza, barbeiros, dançarinos, cantores e microempreendedores. Para nós, isso é um impacto muito grande e consideramos uma vitória no meio de tanta luta e adversidade”, diz Antônio Márcio, também administrador.

O Rio Branco está acontecendo, mas os materiais usados se encontram deteriorados e o projeto precisa de sua ajuda. São aceitas bolas de futebol, redes de gol, tartarugas, bambolês, cordas, cones, material para atividade física em geral, uniformes e coletes – novos ou em bom estado – e lanches para os alunos.

Outra ajuda que o projeto precisa para continuar as atividades com um pouco mais de dignidade é a revitalização e manutenção da estrutura do campo, local onde acontecem as aulas de futebol. As mudanças necessárias são iluminação, troca das telas de proteção em volta do campo – que está colocando a integridade física dos alunos em risco –, desobstrução das valas em volta do espaço e troca das redes das traves, que estão furadas. 

Os coordenadores afirmam que a responsabilidade sobre a manutenção do campo é da prefeitura e da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (COMLURB), mas afirmam já terem entrado diversas vezes em contato, sem retorno. A manutenção tem sido realizada pelos próprios administradores.

Quem pode ajudar?

Voluntários; empresas e fabricantes de telas, redes e material esportivo, que podem fazer doações e, como contrapartida, ter seu nome divulgado no espaço ou no uniforme dos alunos; times de futebol podem doar material esportivo que estejam em condições de uso; pessoa física ou jurídica, com doação financeira. 

O maior desafio dos coordenadores do projeto é a institucionalização da iniciativa. Eles pretendem adquirir um CNPJ, o que vai facilitar no processo de se tornarem formadores de atletas. Isso vai dar um norte maior para os alunos que são capacitados por eles, além de facilitar parcerias, apoios e convênios – e ainda conseguir remuneração para todos os educadores através de editais públicos ou privados, já que ninguém recebe pelo tempo dispensado ao projeto. 

Além dos fundadores, alguns dos outros colaboradores são Samuel, Hugo, William, treinador, Careca, Cupinho, Leco, e outros, dependendo da disponibilidade de cada um.

Com  ajuda externa, o grupo pretende futuramente implantar atividades como Muay Thai e Judô, além de realizar ações sociais locais em parceria com órgãos públicos, para viabilizar documentação de identidade para os moradores que ainda não têm documentos.

Para realizar as doações:

Chave Pix: 05292696781- Antônio Marcio Graciano de Oliveira e robson.marins03@gmail.com.

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Neuza Nascimento
Após ser empregada doméstica por mais de 40 anos, Neuza fundou e dirigiu a ONG CIACAC durante 15 anos. Hoje é estudante de Jornalismo e trabalha com escrita criativa, pesquisa de campo e transcrições. No Lupa do Bem, é responsável por trazer reflexões e histórias de organizações de diferentes partes do Brasil para a "Coluna da Neuza".
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