Projeto entrega 400 marmitas semanais a pessoas em situação de vulnerabilidade

A cada segunda-feira, o grupo de voluntários se reúne para transformar os alimentos doados em comida, montando, assim, cerca de 400 marmitas para serem distribuídas durante a semana. Comida de Favela Pra Favela sobrevive de doações e da solidariedade das pessoas.

13.04.23

Projeto também leva carinho, atenção, consolo e esperança de uma vida melhor a todas essas pessoas Todos nós temos sonhos, mas algumas pessoas sonham além do contexto pessoal: sonham em ajudar o próximo. É o caso de David Silva, que sonhava  em alimentar pessoas e tem conseguido concretizar esse desejo através do projeto, Comida de Favela Pra Favela.

Tudo começou em maio de 2017, quando David, ao ver a necessidade dessas pessoas, conseguiu encontrar uma solução para a fundação do projeto a partir da ajuda dos amigos Antônio Carlos, Denis Serafim, e suas respectivas esposas. Ao longo dos anos, novas pessoas foram convidadas para integrar o time de voluntariado na iniciativa. 

Como e onde acontece?

A cada segunda-feira, o grupo de voluntários se reúne para transformar os alimentos doados em comida, montando, assim, cerca de 400 marmitas para serem distribuídas durante a semana. A comida é feita na cozinha de uma casa de show, cedida pelo proprietário da mesma. Em alguns dos eventos realizados por lá, o público, em vez de pagar o ingresso, contribui com 1kg de alimento não perecível. As marmitas são distribuídas em comunidades carentes da região de São Matheus, zona leste de São Paulo. 

O público beneficiário são pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e que vivemas áreas citadas. A voluntária Adriana, 35 anos, afirma que o grupo nunca parou para contar exatamente o total de atendidos até hoje, mas que os integrantes já atenderam milhares de pessoas entre homens, mulheres, jovens e crianças. 

A meta do projeto é aumentar o número de 400 marmitas e atender a cada vez mais pessoas – e, para isso, precisa de mais ajuda. Seja ela financeira, material ou em forma de voluntariado.

O grupo não leva somente alimento para essas pessoas: os integrantes  também levam carinho, atenção, consolo e esperança de uma vida melhor a todas essas pessoas, porque, de acordo com eles, a solidariedade pode deixar o mundo melhor. Eles também organizam jantares e outras atividades a fim de arrecadar fundos para realização de festas comemorativas como Dia das Crianças, Natal, Páscoa e outros.

Adriana, quando questionada sobre o impacto causado nas pessoas atendidas, responde que o maior impacto é a gratidão.

“É muito bom encontrar as famílias nos aguardando a cada vez que chegamos nas comunidades. Eles contam conosco e confiam, é como se eles se sentissem amparados por nós. Sinto uma satisfação muito grande em saber que com tão pouco e com ações simples, conseguimos beneficiar tantas pessoas”, diz ela.

Adriana faz questão de frisar que, toda ajuda é muito bem-vinda. 

Como apoiar o projeto: 

Além de doações em dinheiro, o Comida de Favela Pra Favela aceita cestas básicas, também itens separados como arroz, feijão, farinha, macarrão, óleo de soja, café, temperos secos, sal e outros, para serem usados no preparo das marmitas. O projeto precisa também de produtos de higiene pessoal, brinquedos, descartáveis, roupas e sapatos, de qualquer tamanho, desde que esteja em condições de uso.  

As doações podem ser entregues ou enviadas para o endereço: Rua Terra, 20, Jardim Santa Bárbara, São Paulo.

Para doações através do PIX, utilize a chave: 32034280000145 (CNPJ)

Acompanhe o trabalho da ONG na página do Instagram.

Neuza Nascimento
Após ser empregada doméstica por mais de 40 anos, Neuza fundou e dirigiu a ONG CIACAC durante 15 anos. Hoje é estudante de Jornalismo e trabalha com escrita criativa, pesquisa de campo e transcrições. No Lupa do Bem, é responsável por trazer reflexões e histórias de organizações de diferentes partes do Brasil para a "Coluna da Neuza".
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